4.6.07

E não restará intacta tuas unhas ou teus germes

no absurdo ingerminável em que decorrestes
no noturno exterior de tuas crateras
tua infância clamou por nicotina
tuas lembranças remoídas
em tumores em fuga

é a dádiva do reles que proclama tal amor
é a dádiva do gotejar a vida em leitos retalhados
de palpitar a ingenuidade
e encontrar
apenas a condição enferma
da limpidez atroz
de tal saudosismo

renascido ao turvamento da razão
sublimado ao enfado nauseante de tua pederastia
colhido a deformação de um povo sem neblina

louva-se o concretismo da tua aurora
pulveriza-se o terreno da fricção
da tua máquina
(máquina-corpo, corpo-soldado,
amortalhado)

a morte do teu crânio
alimentará
a orgia dissonante
no subúrbio
da penetração
que não te foi concedida

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