13.4.06
Apologia ao meu aborto
destituída de tudo aquilo a que não pertenci
horas esvaziam-se em meu ventre
um feto decepado em minha íris
busco a marginalidade de tuas cinzas
receio ao outono ilusório de minha morte
amarei uma quimera prostituida
serei o que for quando não a for
horas esvaziam-se em meu ventre
um feto decepado em minha íris
busco a marginalidade de tuas cinzas
receio ao outono ilusório de minha morte
amarei uma quimera prostituida
serei o que for quando não a for