27.6.06

busco a literatura dos porcos.

24.6.06

“É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida.”

8.6.06

Nii-lismo

(não) creio na solitude plena
de um orgasmo
(não) busco a negligente
solidão alheia

(pautada a)
um espectro estuprando a minha infância
a necrose vigente nesta lâmina
uma quimera gangrenada

o aroma berrante de tua pelugem
a carnificina da paulicéia que me consome
- em cada indivíduo
reside um ensaio estéril de casualidade esquizóide

diluída
impermeável
expurgada

caminho pelo necrotério
dos meus amantes
- enxergo-os, degusto-os, penetro-os
(o granizo pecador prevalecido)

1.6.06

eu sou um ser humano podre; e você?

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